Um estudo publicado na revista científica “Nature Climate Change” é taxativo: os ursos polares podem entrar em extinção até 2100 caso o ritmo das mudanças climáticas continuem no atual patamar. Os animais costumam se alimentar capturando presas através de buracos feitos em blocos de gelo. Caso o derretimento das calotas siga avançando no atual ritmo, isso será cada vez mais difícil.
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Pesquisadores conseguiram calcular os limites de resistência da espécie. Eles estimaram quantos dias os ursos conseguem ficar sem comer a partir de uma análise do comportamento de temperaturas da Terra. “Nós percebemos que primeiro nós vamos perder os filhotes. Eles irão nascer, mas as mães não terão gordura corporal o suficiente para produzir leite e alimentá-los durante as estações de degelo”, explica o Steven Amstrup, cientista chefe da Polar Bears International que participou do estudo, à “BBC”.
Apesar da data prevista ser somente daqui a 80 anos, algumas regiões do Ártico já enfrentam situações de escassez de gelo. Segundo o cientista, a perspectiva atual não é boa, mas ainda há tempo de salvar os ursos polares se a sociedade agir rapidamente. Se nada mudar, é provável que, em 2100, só nos restem poucos exemplares da espécie mais ao norte.
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© Veronica Raner Como se sabe, o efeito estufa é intensificado pelas intensas emissões de gases na atmosfera. Com o aumento da temperatura na Terra, o gelo do Oceano Ártico diminui a cada dia, o que torna a vida dos animais mais difícil, uma vez que eles precisam caminhar longas distâncias para encontrar comida.
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Atualmente, os ursos polares estão na lista de animais que correm risco de extinção pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN).
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Redação Hypeness
Foto: © Veronica Raner